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Investimentos

14 de Dezembro de 2016 as 22:12:32



INVESTIMENTOS - O Mercado na 4º feira: Juros sobem nos EUA, ansiedade no mercado


Diário de Mercado na 4ª feira, 14.12.2016
 
Com intensidade prevista mas tom contracionista, decisão do Fomc traz ansiedade aos mercados 
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T
Rafael Reis, CNPI-P
 
 
O Ibovespa findou a sessão desta quarta-feira aos 58212 pts (-1,80%), acumulando -5,97% no mês, +34,29% no ano e +30,09% em 12 meses. 
 
 
Janet Yellen e o FED
 
O Índice apresentou oscilação predominantemente parca, mas sempre no campo negativo ao longo da sessão. No momento da definição de política monetária nos EUA, às 17 horas, à medida que o comunicado e a coletiva da presidente do comitê Janet Yellen ia sendo digerido, a queda se acentuou com o crescente viés de apertos monetários possivelmente mais firmes ao longo dos próximos anos.
 
O forte giro financeiro da Bovespa, turbinado pelo vencimento do índice futuro de dezembro foi de R$ 19,94 bilhões, sendo R$ 19,68 bilhões no mercado à vista.
 
 
Capitais Externos na Bolsa
 
No último dado disponível, em 12 de dezembro, a bolsa brasileira registrou entrada líquida de capital externo de R$ 259,3 milhões, acumulando saldo negativo no mês em R$ 419,38 milhões, mas, com ingresso de R$ 14,57 bilhões no ano.
 
FOMC eleva Juros nos EUA
 
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), externamente, no evento mais relevante do mês, ganhou os holofotes a definição de política monetária pelo Fomc (Federal Open Market Comitee) nos EUA.
 
Um ano após o fim da era juro zero por lá, em decisão unânime (10 a 0) os membros do colegiado do Banco Central norte-americano optaram pelo aperto monetário com a elevação da taxa básica da economia em 25 pontos-base, para o intervalo entre 0,50% e 0,75% a.a. 
 
Em comunicado que acompanhou a decisão, a autoridade monetária ressaltou que a decisão baseou-se no fortalecimento do mercado de trabalho, bem como expansão da atividade econômica, e queda do desemprego vistos desde seu último encontro. 
 
Como única variável a não evoluir de acordo com o monitoramento do Fed, a inflação, que não chegou à meta da autoridade, em 2%, é esperada a convergir para este patamar uma vez dissipados os efeitos da redução de preços de energia e importados, bem como da esperada continuidade do fortalecimento do mercado de trabalho.
 
Contrariando estimativas, no entanto, chamou a atenção a projeção dos dirigentes, embora não de maneira unânime, mas em sua maioria, de três elevações adicionais da taxa de juros por ano até 2019, devendo este dado trazer algum mal-estar nos mercados dado que o que vem sendo previsto pelos agentes daria conta de apenas uma elevação, ou no máximo duas em meados de 2017. 
 
 
Retração no Brasil
 
Internamente, segundo o IBGE, o volume do setor de serviços em outubro recuou 2,4% em relação a setembro, levando o acumulado anual (outubro 2016/2015) a uma retração de 7,6%, a pior queda neste período desde a criação da série histórica em janeiro de 2012. 
 
O dado corrobora nossa visão de que a mais lenta do que esperada recuperação econômica associada a dados favoráveis de inflação, bem como o andamento de reformas como a PEC dos gastos, aprovada na data de ontem dá espaço ao Copom para um corte mais agressivo na Selic em sua próxima reunião, em janeiro próximo.
 
 
Juros
 
No mercado de juros, que fechou antes da definição de política monetária norte-americana, os vencimentos curtos e médios ao longo da curva retraíram-se, embutindo expectativas quanto a um corte mais vultoso na Selic nas próximas reuniões, enquanto os longos apresentaram estabilidade. Na próxima sessão, os contratos devem responder ao comunicado hawkish (restritivo) do Fomc e tendem a elevar-se.
 
Câmbio
 
No mercado de câmbio, o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,3620 (+1,11%), acumulando agora -0,77% no mês, -15,12% no ano e -13,42% em 12 meses.
 
A moeda norte-americana passou a maior parte do dia em queda perante o real mas inverteu a mão e valorizou-se após o comunicado do Fomc às 17h. O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) fechou em 293 pts, ante 292 pts da véspera.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 14.12.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Rafael Reis, CNPI-P, ambos do BB Investimentos
 
Com intensidade prevista mas tom contracionista, decisão do Fomc traz ansiedade aos mercados 

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Fonte: Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Rafael Reis, CNPI-P, ambos do BB Investimentos





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